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Minicursos - 40 VAGAS EM CADA MINICURSO

EMENTAS

 

0 - Simone de Beauvoir – Pensamento e Ação.

Prof. Dr. Roberto Rondon - UFPB

 

Objetivos:

- Apresentar a vida e a obra de Simone de Beauvoir.

- Refletir sobre a relação entre filosofia e vida política

 

Conteúdos:

- Os anos de formação

- Romances, memórias e ensaios filosóficos

- Uma filósofa em ação

- O Segundo Sexo

 

Metodologia:

- Aula dialógica;

- Leitura de texto;

 

Palavras Chave: Simone de Beauvoir, Filosofia, Política.

 

1 - Tertúlias dialógicas e seus conceitos: uma possibilidade de ensino de Filosofia.

Profa. Dra. Isabella Fernanda Ferreira. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

 

O minicurso que aqui se apresenta intitula-se "Tertúlias dialógicas e seus conceitos: uma possibilidade de ensino de Filosofia” e tem como principal objetivo apresentar  as bases teóricas que as fundamentam como o conceito de aprendizagem dialógica, formulado pelo “Centro Especial em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades”  (CREA/UB- Espanha) tendo  como referências as elaborações teóricas de Habermas, quanto ao conceito de ação comunicativa, e de Freire, sobre a dialogicidade. Segundo Habermans, o sistema, tal como o formula diz respeito às instituições e esferas da sociedade controladas pelo poder e pelo dinheiro em uma sociedade administrada pelo sistema capitalista em diferença com o que o ele denomina de mundo da vida que diz respeito à esfera da vida cotidiana, a partir da qual as pessoas interagem e dialogam na busca de entendimentos. Nesse sentido, as reflexões teóricas têm denunciado a quase ausência do sistema no sentido de potencializar ou criar situações que favoreçam o diálogo, enquanto que evidenciam a forte atuação desse mesmo sistema no sentido de obstaculizá-lo. Preocupado também com a obstacularização do diálogo em sua obra Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire analisa as teorias da ação cultural que se desenvolvem a partir da matriz antidialógica e da matriz dialógica. Na análise da teoria antidialógica, destaca as seguintes características: a necessidade da conquista, a divisão para a dominação, a manipulação e a invasão cultural. Na análise da teoria dialógica, destaca as características diametralmente opostas às da teoria antidialógica: a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural.  Tomando posse desses dois referenciais teóricos, as observações comunicativas por meio das tertúlias dialógicas e suas diferentes tipologias podem se apresentar como uma proposta que visa favorecer o diálogo em sala aula e com isso, o ensino da filosofia e que nesse minicurso apresentamos em termos conceituais.

 

Palavras-chave: diálogo, dialogicidade, ação comunicativa,  comunidades  de aprendizagem, ensino de filosofia.

 

Minicurso parte II.

Título: " Tertúlias dialógicas e suas tipologias para o ensino de filosofia: uma experimentação”

 

O minicurso que aqui se apresenta intitula-se " Tertúlias dialógicas e suas tipologias para o ensino de filosofia: uma experimentação.” e tem como principal objetivo possibilitar uma experimentação pedagógica que leva em consideração a problematização sobre o conceito de aprendizagem dialógica, formulado pelo “Centro Especial em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades”  (CREA/UB- Espanha) e que tem como referências as elaborações teóricas de Habermas, quanto ao conceito de ação comunicativa, e de Freire, sobre a dialogicidade. Segundo Habermans, o sistema, tal como o formula diz respeito às instituições e esferas da sociedade controladas pelo poder e pelo dinheiro em uma sociedade administrada pelo sistema capitalista em diferença com o que o ele denomina de mundo da vida que diz respeito à esfera da vida cotidiana, a partir da qual as pessoas interagem e dialogam na busca de entendimentos. Nesse sentido, as reflexões teóricas têm denunciado a quase ausência do sistema no sentido de potencializar ou criar situações que favoreçam o diálogo, enquanto que evidenciam a forte atuação desse mesmo sistema no sentido de obstaculizá-lo. Preocupado também com a obstacularização do diálogo em sua obra Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire analisa as teorias da ação cultural que se desenvolvem a partir da matriz antidialógica e da matriz dialógica. Na análise da teoria antidialógica, destaca as seguintes características: a necessidade da conquista, a divisão para a dominação, a manipulação e a invasão cultural. Na análise da teoria dialógica, destaca as características diametralmente opostas às da teoria antidialógica: a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural.  Tomando posse desses dois referenciais teóricos, a presente oficina buscará em termos pedagógicos práticos vivenciar os princípios das tertúlias dialógicas que podem ser sintetizados em: Diálogo igualitário, Inteligência cultural, Transformação, Dimensão Instrumental, Criação de sentido, Solidariedade, Igualdade de diferenças.

 

Palavras-chave: tertúlias dialógicas, Diálogo igualitário, Inteligência cultural, Transformação, Dimensão Instrumental, Criação de sentido, Solidariedade, Igualdade de diferenças.

 

2 - A vontade de poder: percuso de esclarecimento da cosmologia Nietzschiana.

Prof. Me. Thiago Gomes da Silva Nunes (UEPB)

Prof. Me. Breno Dutra Serafin Soares (UEPB)

 

Este minicurso visa apresentar a concepção da vontade de poder sob os termos de um projeto cosmológico que se auto esclareceria no percurso de desenvolvimento da obra nietzschiana. A princípio, entenderemos a vontade de poder como uma síntese conceitual que consegue envolver todas as caracterizações que marcaram a concepção de vida/mundo/cosmos de Nietzsche. Para isto, tomaremos como suportes de interpretação uma série de aforismos e recortes temáticos da obra nietzschiana como um todo, no sentido de que esses nos forneçam a orientação adequada à leitura. O que se perceberá é que esta tese se desenvolveria, na maior parte das vezes, ao tentar inverter os métodos de reflexão que demarcaram o espaço de atuação da tradição ocidental, o que na prática significará afirmar tudo aquilo que foi negado pela metafísica ocidental. Ao fim, a resolução postulada por Nietzsche seria inconclusa, mas ainda assim determinante para o entendimento de seu pensamento como um todo, especialmente pelo desvelamento de conceitos que lhe seriam basilares para a formulação da vontade de poder, tais como: as forças, a finitude das forças, a guerra, a superação de si, o caráter de uno do múltiplo, a pureza e o caos. Este seria um esquema cosmológico majoritariamente especulativo, assinalado, em última instância, pelo signo conjunto do devir, o que irá pressupor a submersão do mundo transitório e finito em uma ciclicidade temporal infinita.

 

Palavras-Chave: Vontade de poder. Esclarecimento. Cosmologia Nietzschiana.

 

3 - A Ética e a Educação em Benedictus de Spinoza

Prof. Dr. Emanuel Angelo da Rocha Fragoso (UECE)

 

O contexto sócio-político-econômico holandês do século XVII foi o pano de fundo da vida e da obra do filósofo Benedictus de Spinoza (1632-1677). Judeu de origem e holandês de nascimento, Spinoza vive e morre na Holanda do XVII. Sua obra, voltada para a ética, a política e o ensino, até hoje discutida e comentada nos meios acadêmicos devido à sua vitalidade e potencial reflexivo para as questões da atualidade. Inicialmente, apresentaremos as principais biografias de Spinoza desde o século XVII até o XX. As biografias de Jean Colerus, Jean Maximilian Lucas, Pierre Bayle, J. Freudenthal e Steven Nadler. A proposta e a estruturação da principal obra do autor: a Ética, da qual iremos comentar a Teoria dos Afetos. Também iremos descrever Spinoza como educador a partir de sua experiência inicial com seu aluno Casearius. Influência de Spinoza na Pedagogia de George Snyders. O convite do Eleitor Palatino para Spinoza lecionar na Universidade de Heidelberg e a polida recusa do filósofo: as Cartas 47 e 48. A postura de Hegel frente ao mesmo convite: o texto de Pierre Macherey. 

 

Palavras-Chave: Spinoza. Ética. Educação.

 

4 - Trapeza tes pisteos: a atualidade do mistério da fé, em Benjamin e Agamben. 

Prof. Dr. Reginaldo Oliveira Silva

 

No ensaio Capitalismo como religião, Walter Benjamin levanta a hipótese de que o capitalismo constitui essencialmente um fenômeno religioso. Religião puramente cultual, sem redenção e sem objeto, que mantém o culto numa duração permanente e, por conseguinte, faz da culpa o seu principal objetivo. Trapeza tes pisteos é uma inscrição na fachada de um banco em Atenas, e em grego significa “banco de crédito”, da qual Giorgio Agamben faz uso a fim de investigar o alcance da hipótese de Benjamin. Pistis é a expressão grega para fé e designa o crédito na palavra de Deus quando nela se confia, o que dá crédito e realidade ao que não existe, mas em que se crê e tem esperança. Do latim credere, crédito será aquilo em que se deposita a fé, a pistis, numa relação de crédito e débito, conforme as transações bancárias. Assim, para o filósofo italiano, a considerar o ensaio de Benjamin, se o capitalismo é uma religião, Trapeza tes pisteos permite pensar tratar-se de uma religião da fé, na qual o crédito substitui Deus, enquanto o banco ocupa o lugar da Igreja. Neste sentido, a presente reflexão visa examinar o fio condutor que tece a compreensão do capitalismo como religião da culpabilização universal, mas também como religião do crédito e da dívida. Nessa perspectiva, a atualidade dos mistérios da fé reside no entendimento de que a relação entre fé e crédito melhor esclarece a ausência da redenção na religião capitalista.

 

Palavras-chave: Capitalismo; Religião; Fé; Dívida; Redenção.

 

 

5 -  Hobbes, Rousseau e Marx: existe uma natureza humana?

 Prof. Dr. Valmir Pereira

                         

É comum ouvirmos afirmações sobre esta ou aquela pessoa que nasceram para ser professor, médico, mecânico, artesão, padre ou outra profissão, indicando que os seres humanos nascem determinados para certas tarefas ou atividades. Parece até que estamos mesmo condenados pelo nascimento. Mas será que existe uma Natureza Humana? Olhando a história, encontramos no pensamento na obra Leviatã, em que Hobbes atribui legitimidade ao poder político absoluto, baseando-se na concepção de uma natureza humana competitiva e destrutiva para qual somente um poder forte do Estado teria condições de fazer frente. Nesse sentido, Hobbes afirma que o homem é mal por natureza. Essa temática também é trabalhada por Rousseau ao afirmar que o homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe. Marx não acreditava que houvesse uma natureza do homem, que este ao nascer seja como uma folha de papel em branco na qual a cultura escreve seu texto. Marx partiu da ideia de que o homem como homem é uma entidade identificável e verificável, podendo ser definido como homem não apenas biológica, anatômica e fisiologicamente, mas também psicologicamente. Este conceito de natureza humana não é para Marx uma abstração. É a essência do homem - em contraste com as várias formas de sua existência histórica, essência entendida em uma versão histórica, na diferenciação entre natureza humana em geral e natureza humana modificada de cada época histórica. Assim, este minicurso tem como objetivo explicitar as ideias de autores que discutem esta categoria e apresentar algumas repercussões no âmbito social quando se usa determinados autores.

 

Palavras-Chave: Natureza Humana. Bondade. Maldade. História. Marx

 

6 - Título: Nicolau de Cusa e o poder pedagógico das metáforas.

Profa. Dra. Maria Simone Marinho Nogueira

 

 

Todos os estudiosos da Filosofia de Nicolau de Cusa reconhecem o seu pensamento como a expressão maior de um pensamento simbólico. A valorização positiva de metáforas e da imaginação manifesta-se tanto nos Sermões como em muitos dos seus tratados filosóficos. O próprio Nicolau de Cusa escreve, por exemplo, em De docta ignorantia, ao fazer uma referência a Cor. 13-12, que as coisas espirituais, inatingíveis por nós, podem ser investigadas simbolicamente (symbolice investigentur). Em o Idiota de mente quando o “fazedor de colheres” fala para o orador sobre a sua arte, diz que ao fazê-lo investiga simbolicamente (symbolice inquiro) o que quer, enquanto alimenta a mente, molda as colheres e restaura o corpo. Desta forma, a riqueza das metáforas utilizada pelo filósofo alemão termina por imprimir à sua filosofia um poder pedagógico por meio do qual o filósofo se torna educador e o educador, filósofo. Assim, neste minicurso, pretendemos apresentar o universo metafórico de Nicolau de Cusa, buscando uma reflexão, a partir do conceito de manuducere (conduzir pela mão), acerca do poder das imagens no âmbito filosófico-educacional.

 

PALAVRAS-CHAVE: Nicolau de Cusa. Metáforas. Educação.

 


I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA /2014   

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